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Rafael Santana

Janeiro é marcado pelo Mês da Visibilidade Trans, data importante para reafirmar o combate à transfobia e marcar a luta pela garantia dos direitos das pessoas trans. É o momento de combater estigmas, violências e ampliar redes de acolhimento, alertando a sociedade para a importância de conhecer e reconhecer as identidades de gênero.

A escolha do mês de janeiro não é à toa. No ano de 2004, no dia 29 deste mês, um grupo de mulheres e homens transexuais e travestis foi até Brasília para o lançamento da campanha “Travesti e Respeito”, no Congresso Nacional. A iniciativa foi promovida pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites virais do Ministério da Saúde e se tornou um marco na luta contra a transfobia no Brasil. 

Crédito: Getty Images

A ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) faz um trabalho importante no sentido de catalogar o número de brasileiros e brasileiras trans assassinados todos os anos. Em 2021, foram pelo menos 140, uma pequena redução em relação ao ano anterior, quando 175 pessoas trans foram assassinadas. Considerando os anos de 2008 a 2021, a média é de 123,8 assinatos/ano.

Os dados coletados e divulgados pela ANTRA são importantes, já que não há números oficiais no país. Estima-se que 1,9% da população nacional seja composta por pessoas trans. De acordo com a associação, 90% de travestis e mulheres transexuais utilizam a prostituição como fonte de renda, motivadas pela falta de oportunidade no mercado de trabalho.

Ao longo dos anos, nos deparamos com alguns avanços e conquistas históricas. O STF (Supremo Tribunal Federal) enquadrou a transfobia no rol dos crimes de racismo, até que o Congresso Nacional crie uma legislação própria. Em repartições e órgãos públicos federais, é garantido que travestis e transexuais tenham sua identidade de gênero respeitada e sejam tratadas pelo nome social, aquele pelo qual a pessoa se apresenta e quer ser reconhecida socialmente. 

Os avanços são resultado de décadas de luta de ativistas e grupos da comunidade  LGBTQUIA+, como são os casos de Keila Simpson e Symmy Larrat, duas travestis com trajetórias reconhecidas no país. Você pode conhecer um pouco mais sobre as duas em outra matéria disponível aqui no site do PrEP1519. Basta clicar aqui.

E fique ligado em nossas redes sociais, porque ao longo do mês nós vamos divulgar conteúdos voltados para o Mês da Visibilidade Trans, com indicação de filmes, ativistas e datas importantes para a comunidade. Vai lá e segue a gente!

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